O hipogonadismo masculino é uma síndrome que afeta as gônadas, ocasionando a queda dos níveis de testosterona, fazendo com que os testículos a produzam de forma escassa, comprometendo a produção de espermatozoides. A alteração também pode afetar negativamente a qualidade de vida e a saúde sexual do homem.
O hipogonadismo masculino pode ter diferentes causas e, portanto, diferentes classificações:
– Hipogonadismo hipergonadotrófico (primário): quando há a deficiência na produção de testosterona devido à disfunção do testículo;
– Hipogonadismo hipogonadotrófico (secundário): quando há deficiência na produção dos hormônios hipofisários FSH e LH. Em ambos os casos, o problema pode ser congênito ou adquirido.
Quais são as causas do hipogonadismo masculino?
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia de São Paulo (SBEM-SP), a partir dos 30 anos inicia-se uma gradual diminuição dos níveis de testosterona. Isso pode desencadear hipogonadismo em 20% dos homens, o que caracteriza o chamado hipogonadismo de início tardio ou funcional.
Ainda de acordo com a SBEM-SP, estima-se que após os 40 anos a diminuição de testosterona é de 10% a cada década. Além da idade, uma das causas mais frequentes é a obesidade, e estima-se que 64% dos homens obesos apresentam baixos níveis de testosterona. A obesidade se classifica como um estado inflamatório de baixo grau, que produz citocinas inflamatórias que prejudicam a função da hipófise e dos testículos.
Há também diversos outros fatores que podem influenciar no hipogonadismo masculino, dentre eles estão:
- Uso de quimioterápicos;
- Abuso de esteroides anabolizantes;
- Radioterapia;
- Distúrbios hormonais não tratados — excesso ou deficiência na produção de outros hormônios;
- Síndrome de Klinefelter — síndrome genética em decorrência de alterações de cromossomos sexuais que levam ao desenvolvimento incompleto do testículo.
Quais são os sinais do hipogonadismo masculino?
Diversos sintomas podem acometer o homem como consequência desta síndrome. Entretanto, as principais queixas estão relacionadas à diminuição da atividade e desejo sexual, alterações de humor, aumento da gordura na região do abdome, disfunção erétil, ginecomastia (crescimento das mamas nos homens) e infertilidade.
Os sinais citados são mais comuns em casos de hipogonadismo em homens adultos, mas a síndrome pode se desenvolver em outros momentos da vida do homem. Isso porque, além dos casos de hipogonadismo primário, secundário e de início tardio, o indivíduo também pode nascer com a deficiência da produção da testosterona, chamado de hipogonadismo congênito.
Neste caso, os efeitos aparecem durante a puberdade e, quando adultos, o paciente afetado pode apresentar voz aguda e pelos púbicos raros ou até mesmo inexistentes.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico de hipogonadismo masculino é realizado com base nos sintomas apresentados e com a realização de exames de laboratório e imagem. O principal método utilizado para confirmar o diagnóstico é a dosagem dos níveis de testosterona no sangue. A análise geralmente é realizada pela manhã em três dias diferentes.
Entretanto, outros exames podem ser solicitados pelo médico, dependendo dos sintomas que o paciente apresentar. Os principais são:
- Dosagem de outros hormônios;
- Análise seminal (espermograma);
- Ressonância ou tomografia da hipófise;
- Ultrasom de testículos.
Tratamento do hipogonadismo masculino
O tratamento é realizado por um médico especialista, que pode ser um urologista ou um andrologista. Este profissional irá avaliar as particularidades do paciente e suas características clínicas, com o intuito de identificar as melhores formas de restaurar o bem-estar do homem.
Na maioria dos casos, é indicada a reposição hormonal, um tratamento em que é necessário que o paciente siga à risca as recomendações médicas, se atentando às dosagens e o período de tratamento. É importante ressaltar que o paciente não deve fazer a reposição de testosterona de forma indiscriminada, pois isso pode resultar em atrofia testicular.
Há alguns hábitos que podem reduzir as chances de hipogonadismo no homem — como a prática regular de exercícios físicos e hábitos de sono regulares. Portanto para manter seus exames em dia, entre em contato com a Clínica Doutor Jorge Hallak.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional São Paulo (SBEM-SP);
Clínica de Andrologia Jorge Hallak.