As disfunções sexuais podem atingir homens de qualquer idade e o indivíduo não deve ter vergonha de procurar ajuda médica. Os tipos mais comuns de disfunção sexual incluem:
Disfunção erétil
A disfunção erétil se caracteriza pela dificuldade em alcançar ou manter uma ereção. Embora seja uma desordem de caráter benigno, afeta de maneira significativa a saúde física e principalmente psicológica do indivíduo, impactando de forma negativa a qualidade de vida.
A disfunção erétil pode ser originada por causas físicas ou psicológicas. As causas físicas incluem a idade avançada, o sedentarismo, a obesidade, o tabagismo, a retirada total da próstata, entre outros. Já as psicológicas incluem nervosismo, ansiedade, baixa autoestima, entre outros.
O diagnóstico inclui avaliação do histórico clínico, realização de exames de sangue para dosagem de hormônios e outros marcadores importantes para a saúde sexual, exames de imagem e outros testes que o médico julgar importante.
O tratamento é realizado de acordo com cada caso. A primeira linha de tratamento é com farmacoterapia oral com medicamentos inibidores da fosfodiesterase 5 (iPDE5). Esses fármacos não são iniciadores da ereção e necessitam de estimulação sexual para que a ereção ocorra.
Quando não há resposta com os iPDE5, inicia-se tentativas com a segunda linha de tratamento que incluem injeções intracavernosas no pênis. O paciente deve ser muito bem orientado sobre como aplicar as injeções e também como proceder em casos de ereção prolongada.
Quando não há resposta nem com a primeira nem com a segunda linha de tratamento, o implante cirúrgico de prótese peniana pode ser indicado.
Ejaculação precoce
A Sociedade Internacional de Medicina Sexual (ISSM) definiu a ejaculação precoce como “uma disfunção sexual masculina caracterizada pela ejaculação que ocorre geralmente ou sempre antes da penetração ou até um minuto após, associada à incapacidade de retardar esta ejaculação, gerando consequências pessoais, como incômodo, angústia, frustração e aversão à intimidade sexual”.
As causas da ejaculação precoce podem ser biológicas ou psicológicas, incluindo ansiedade, hipersensibilidade peniana e disfunções nos receptores de serotonina. O tratamento pode incluir terapia comportamental e uso de medicamentos.
Ejaculação retrógrada
Na ejaculação retrógrada, o sêmen, que deveria ser liberado ao meio externo através da uretra, faz o caminho contrário e vai para a bexiga, sendo mais tarde eliminado juntamente com a urina. Isso acontece porque o colo vesical, que é a saída da bexiga para a uretra, não se fecha durante a ejaculação, fazendo com que o esperma não realize o percurso normal.
As causas incluem uso de alguns medicamentos para problemas cardíacos, cirurgias na próstata, entre outros.
O tratamento pode ser medicamentoso e para aqueles que desejam ter filhos, com auxilio das técnicas de Reprodução Assistida e de um laboratório especializado em Andrologia, é possível retirar os espermatozoides da urina e usá-los para uma fertilização in-vitro.
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