A abordagem terapêutica para a doença de Peyronie depende do estágio da doença (fase aguda ou fase crônica, conforme explicado no último texto) e do impacto nos sintomas. Tratamentos eficazes podem ajudar a aliviar a dor, melhorar a curvatura e restaurar a função erétil. As principais opções estão descritas abaixo:
Tratamento na Fase Aguda
Na fase aguda, quando o processo inflamatório ainda está ativo e a dor pode ser um problema, as opções de tratamento buscam controlar os sintomas, além de minimizar a curvatura e impedir a progressão da doença. Os tratamentos nesta fase são limitados, sendo os principais:
Medicamentos Orais: Esta modalidade foi muito utilizada no passado, com diversos medicamentos (Vitamina E, Potaba, Colchicina). No entanto, há pouca evidência de melhora com essas medicações. O medicamento mais promissor atualmente é o uso diário da Tadalafila, que demonstrou melhora na curvatura e na dor em alguns estudos.
Terapia de Tração Peniana: Dispositivos de tração peniana têm mostrado resultados promissores, pois podem reduzir a curvatura e mitigar o encurtamento do pênis. Quando usado de forma consistente, esse tratamento pode ajudar a minimizar a deformidade, tornando-se uma boa opção para essa fase.
Tratamento com Ondas de Choque: Esta modalidade de tratamento é bem indicada na fase aguda, especialmente quando há dor associada. Estudos indicam que é possível melhorar a dor, embora sem grande melhora na curvatura.
Injeções Intralesionais: Em alguns países, estão disponíveis injeções com colagenase, uma enzima que dissolve o colágeno da placa fibrótica, reduzindo a curvatura. Esse tratamento, no entanto, é muito caro e não está disponível no Brasil.
Tratamento na Fase Crônica
Na fase crônica, a dor geralmente desaparece, mas a curvatura permanece, podendo haver comprometimento da função erétil. O foco, neste momento, é corrigir a curvatura e restaurar a função erétil. Para esses tratamentos, é importante haver estabilidade da curvatura por, pelo menos, 6 meses.
Inibidores da 5-Fosfodiesterase e Lubrificantes: Pacientes com curvaturas leves podem se beneficiar com a melhora da ereção e a redução do atrito nas relações, através de uma lubrificação adequada. Muitos pacientes com doença de Peyronie conseguem manter a vida sexual com essas medidas.
Cirurgia: Quando a curvatura é acentuada e interfere nas atividades sexuais, a cirurgia pode ser a melhor alternativa para recuperar a funcionalidade. As principais técnicas incluem:
Plicatura Peniana: Esse método consiste em suturar a área oposta à curvatura, endireitando o pênis. É ideal para deformidades moderadas e oferece bons resultados, sem alterar a função erétil. Em regra, esta técnica não altera o comprimento peniano, embora possa haver a impressão de redução no estado ereto.
Enxertos: Para curvaturas moderadas associadas a outras deformidades, a técnica de enxerto é eficaz. O comprimento tende a recuperar-se parcialmente (não retornando, no entanto, ao estado anterior ao início da doença de Peyronie), mas há maior risco de piora da função erétil, sendo indicada apenas para pacientes com boa ereção. A recuperação dessa cirurgia é mais complexa e geralmente envolve o uso de bomba a vácuo e dispositivos de tração.
Implantes Penianos: Para homens com grandes curvaturas, deformidades extensas ou disfunção erétil associada, o implante peniano é uma solução completa que restaura a função erétil e corrige a curvatura. Esse procedimento pode ser realizado com próteses penianas maleáveis ou infláveis, mas essa opção deve ser cuidadosamente individualizada.
Se você ou alguém que conhece está lidando com a doença de Peyronie, não postergue a avaliação e o tratamento. A avaliação adequada faz toda a diferença para restaurar a confiança e a qualidade de vida. Entre em contato e agende uma consulta com nossos urologistas para um tratamento individualizado.
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